Um monge e seus discípulos iam por uma estrada;
quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas
águas. Imediatamente, o monge correu pela margem do rio, entrou na água e
tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o
picou.
Devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi
então que o monge pegou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a
correr pela margem, entrou no rio, mais uma vez, colheu o escorpião e o
salvou.
Satisfeito, o monge voltou à ponte e juntou-se a seus
discípulos. Eles, que haviam assistido à cena, o receberam perplexos e
penalizados. Um deles, então falou:
– Mestre, deve estar doendo
muito! Mas, porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se
afogasse! Seria um a menos. Veja como ele retribuiu à sua ajuda. Picou a
mão que o salvava. Não merecia a sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu sereno:
– Ele agiu conforme a sua natureza e eu de acordo com a minha.
Esta
pequena parábola nos faz refletir sobre a melhor forma de
compreendermos e aceitarmos as pessoas. Não podemos, e nem temos o
direito, de mudar o próximo, transformando-o em nossa cópia.
0 Comentários
Obrigada pelo seu comentário, é muito importante ler sua opinião...
Caso queira resposta para seu comentário, marque a caixinha"notifique-me". Podem entrar em contato direto pelo formulário do blog que está no rodapé.
Obrigada pela visita, volte sempre!